Depende de um sistema superior
que emite estímulos até o músculo e este emite sinais sensoriais para centros
superiores. Nós temos 3 níveis de controle motor: VOLUNTÁRIO, AUTOMÁTICO E INVOLUNTÁRIO.
- Quando se refere em estruturas superiores, entende-se acima do Tronco Encefálico, trabalhando-se com duas vias: VOLUNTÁRIO E AUTOMÁTICO.
- · Do tronco encefálico para baixo, ou seja, à nível de Medula fala-se de via INVOLUNTÁRIA.
v COMO FUNCIONAM AS VIAS VOLUNTÁRIA E
AUTOMÁTICA?
ESQUEMA 1
Quando vamos executar um
movimento (ex: pegar uma garrafa de água), primeiramente, é preciso que a nível
de área pré-motora haja um “planejamento” do gesto, o que significa “imaginar”
o que irá acontecer (é realizado antes do gesto motor). Uma vez que há
planejamento do gesto, os potenciais de ação gerados nessa área são
transferidos para o córtex motor e para o cerebelo. Sendo assim, tem-se uma
ativação divergente, direcionando-se para duas áreas separadas anatomicamente,
jogando estimulação para a área de controle motor e também para a área
cerebelar. Do córtex motor esse
potencial de ação desce para gânglios da base. Dos gânglios da base ele vai
para o tronco encefálico (bulbo). Do bulbo vai para a medula e da medula para o
músculo (ESQUEMA 1).
Até o momento o músculo se
encontra relaxado, mas a partir do momento que o potencial de ação chega nesse,
começa-se a efetuar o gesto motor. Com isso, podemos concluir que há toda uma
atividade pré-motora antes do movimento.
Quando começamos a contrair o
músculo, temos a ativação de diversas estruturas sensoriais que estão no
próprio músculo , no tendão, na articulação, na pele, visual e de equilíbrio.
Uma série de estruturas
sensoriais que irão indicar para o sistema qual foi o resultado daquela ação,
subindo pela medula e troco encefálico, no entanto esse retorno de estímulo não
vai direto para o córtex sensório-motor, antes ele passa pelo cerebelo. Quando
essa informação sensorial chega ao cerebelo, sua função é comparar as duas
informações: a informação motora que foi produzida com a informação sensorial
(resultado da ação motora).
- Se o objetivo é pegar a garrafa de água, por exemplo, deve-se contrair uma série de músculos para gerar o movimento e para apreendê-la com uma certa precisão.
- Assim que o movimento inicia, estímulos sensoriais são disparados a fim de que seja comparada as duas ações: IDEALIZADA E REALIZADA.
O EFEITO
DA AÇÃO MOTORA É IGUAL AO IDEALIZADO? (REALIZADA É IGUAL A IDEALIZADA?)
Nunca é igual!
Por nunca
ser igual, esse fato não se configura como um problema, e sim como uma característica. O cerebelo identifica essa
diferença, sendo informado, imediatamente,
para a área Pré-motora, fazendo com que essa gere um novo estímulo de
“correção” do primeiro (há micro-correções ao longo do movimento).
O QUE
ACONTECE COM ALGUÉM QUE TEM LESÃO CEREBELAR?
Não
vai haver o reajuste. O gesto será errático, grosseiro, com muita força. Não
tem micro-correções ao longo do gesto.
- A capacidade de correção é tão mais importante quanto menos experiência se tem na realização do gesto (ex: pegar a garrafinha pela primeira vez).
- · O processo de coordenação neuromuscular é aprendido e com o tempo a necessidade de planejar desaparece a partir de milhares de repetições. Sendo assim, o indivíduo passa a executar um gesto que depende só de Córtex Motor(tática).
Ex: marcha
ENGRAMA
- Voluntário e Automático
- Há somente tática e execução
- É uma programação neuromuscular de forma a gerar um movimento estereotipado/repetitivo. Cada vez que temos que executar um gesto sob um determinado estímulo, ele é reproduzido identicamente àquele que se aprendeu a fazer.
- Não há planejamento, só execução. Para haver execução deve haver um estímulo que desencadeie aquele engrama.
Exemplos: escrever, subir escadas, falar.
TEORIAS NA
APRENDIZAGEM MOTORA
(Exemplo: escrita)
- Sim, é possível corrigir o engrama.
- Não, mas é possível criar outro engrama que, dependendo do treinamento, pode dominar o engrama anterior. (Hipótese mais provável).
- É possível aprender uma nova língua. Em adultos, já há um engrama fonador estabelecido, sendo assim, ele aprenderá uma nova língua, porém, manterá o sotaque local. No entanto, crianças muitos pequenas, quando submetidas há várias línguas ao mesmo tempo, cria 3 engramas distintos, um para cada língua, sem sotaque.
- O ENGRAMA na aprendizagem de um gesto esportivo pode haver vários tipos de feedback para a correção do gesto a fim de atingir alto grau de perfeição por meio do processo de repetição.
- Atletas de alto rendimento possuem engramas acessórios para mudanças de direção que bolas costumam executar (ex: tênis, futebol). Esse tipo de engrama é desenvolvido, principalmente, pela influência da cultura nos esportes em diversos locais. Assim, sob uma grande variedade de estímulos, o indivíduo adquire experiência/vocabulário motor.
- Paciente que acaba de sair de um AVE (perda de uma porção neuronal): há neurônios em torno da lesão que devem assumir àquela função. Diante de repetitivos estímulos, deve-se criar um novo engrama para o paciente poder retomar às suas atividades de vida diária, o máximo possível. Essa recuperação depende de uma série de fatores que facilitarão ou dificultarão o processo de aprendizagem.
VIAS INVOLUNTÁRIAS
Obedecem a uma interação com o H medular (corpo medular) de
uma estrutura sensorial que se integra com esse, gerando uma ação motora (ARCO
REFLEXO: não há modulação de estruturas superiores, acontece, essencialmente, à
nível medular).
REFLEXO MIOTÁTICO
- Estrutura sensorial que o ativa: FUSO MUSCULAR
- O fuso tem enovelado à ele, uma célula sensorial do tipo IA (célula nervosa).
O fuso emite uma fibra sensorial do tipo IA até o H medular . No H medular, a fibra IA faz sinapse com apenas 1 neurônio.
(O REFLEXO MIOTÁTICO É O ÚNICO REFLEXO
MONOSSINÁPTICO QUE TEMOS)
- O estímulo no qual o fuso responde são os estímulos de ESTIRAMENTO. Sendo assim, quando estiramos o músculo, alonga os fusos e dispara potenciais de ação que chegarão até o H medular, fazendo uma única sinapse com a fibra nervosa do tipo alfa (é um motoneurônio do próprio músculo gerador do estímulo). Significa que quando alongamos o músculo, ele responde com uma contração dele mesmo (contração reflexa do próprio músculo alongado).
- Exemplo: REFLEXO PATELAR o indivíduo fica sentado com a perna pendente (relaxada) e faz-se uma percursão do tendão patelar com um martelete de borracha. Essa ação é suficiente para deformar o tendão e gerar um microestiramento do quadríceps (ativa o fuso, levando a uma ativação de todo o quadríceps, que por sua vez, ocorre o gesto reflexo do “chute”- extensão da perna).O reflexo patelar é utilizado para avaliar o tônus muscular.
REFLEXOS POSTURAIS: manutenção de
postura. No deslocamento intencional para frente, há estiramento de toda musculatura
posterior, aumentando o tônus corporal, principalmente, da região posterior.
·
SONO: Encéfalografia
Sono:
a atividade encefalografia não muda gradualmente, muda repentinamente para
um sinal de baixa freqüência e alta amplitude.
v
HIPOTONIA
DO SONO: estiramento da musculatura posterior (Reflexo Miotático).
EXERCÍCIO E
TREINAMENTO FÍSICO
- PLIOMETRIA: salto em distancia. Salto em uma posição elevada que quando aterriza faz uma extensão, depois um amortecimento, estirando toda a musculatura, disparando voluntariamente o salto. (ESTÍMULOS VOLUNTÁRIOS E INVOLUNTÁRIOS). à REFLEXO MIOTÁTICO: fazendo um recrutamento muscular maior, aumenta a potencia do salto
- Ex: vôlei
- Em Membro superior é possível: ginasta em parada de mão; apoio em uma parede, empurrando (com flexão).
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