Quando
falamos em endocrinologia, falamos em um eixo que envolve:
·
NEUROHIPÓFISE:
Tratos neuronais mais importantes:
da Ocitocina, do ADH.
O sistema de formação desses hormônios fica no hipotálamo, são formados /
produzidos nos corpos neuronais hipotalâmicos, porém, não são secretados pelo
hipotálamo, e sim na hipófise. Pois, os hormônios que são formados nos corpos
neuronais, migram pelo axoplasma (líquido intracelular do axônio) até chegar
nas terminações dendríticas na hipófise, e então, são secretados pela corrente
sanguínea. Então, têm-se a produção do hormônio no hipotálamo e a secreção na
hipófise.
a) Ocitocina:
No caso da amamentação, no momento em que o bebê succiona o mamilo, existe um
reflexo que vai ativar a secreção de ocitocina. Essas células despejam em
grande quantidade a ocitona; existe contração dos cornetos mamários, aonde tem
leite, e então, existe a ejeção, literalmente, direto na boca do bebê.
Quando não há produção de ocitocina pela mãe, nesse
momento, não vai haver ejeção de leite.
A ocitocina além de agir nas mamas, também age no
útero, produzindo contrações uterina vigorosas, gerando a expulsão do bebê no
momento do parto. Então, nesse momento, os níveis de ocitocina aumentam na
circulação e a mulher começa a ter contração ritmadas do útero, literalmente,
forçando o beber a sair. Eventualmente, pode acontecer duas situações: uma
delas é a mãe não ter contrações, porque ela não produz/ não tem liberação
adequada de ocitocina. Nessa situação injeta ocitocina e o útero, então,
contrai.
Mas o maior problema seria o contrário acontecer, ou seja, tem ocitocina,
portanto, tem contração, e a contração é vigorosa, mas não tem dilatação de
colo do útreo. Então, o útero contrai, e o bebê não consegue sair. Uma situação
que pode surgir, é que, pela contração vigorosa do útero, têm-se compressão
vascular.
b) ADH: Hormônio
Anti-Diurético, também conhecido como Vasopressina.
Regula as aquaporinas no
túbulo contorcido distal, pra reabsorver. O estímulo para a secreção de
ADH é a osmolaridade plasmática. Isso é o que define a secreção em maior ou em
menor nível de ADH, quanto maior for a osmolaridade plasmática, maior vai ser o
estímulo sobre os corpúsculos, e maior é a secreção de ADH.
Em um caso de exercício têm-se desidratação/ perda de água tanto por sudorese,
quanto por respiração, têm-se um fenômeno chamado de hemoconcentração, ou seja,
a concentração do sangue aumenta, a osmolaridade do sangue aumenta,
desidrata-se essa célula, assim têm-se mais secreção de ADH, então,
reabsorve-se mais água e o resultado é uma menor produção de urina.
A lógica é: Porque perde-se mais
água por diurese, se já perde-se bastante água por sudorese e outro mecanismos?
Tem que conservar água, e com isso produz-se menos urina. Por isso no inverno
produzimos mais urina, pelo fato de desidratarmos menos, e ao desidratar menos
têm-se uma produção de urina em maior quantidade e mais diluída, bem
transparente. No verão diminui-se o volume, e aumenta a concentração de urina.
Hormônios RH: Hormônios de liberação. São eles: GNRH, GHRH, TRH e CRH.
GNRH: Hormônio de liberação das gonadotrofinas. O
hipotálamos produz o GNRH, que cai na corrente sanguínea pelo sistema porta, e
estimula a hipófise a secretar LH e FSH (gonadotrofinas: Hormônio Luteinizante
e Hormônio Folículo Estimulante, respectivamente).
O GHRH é o hormônio de liberação do GH, hormônio de crescimento. THR: Hormônio
de liberação das tireotrofinas (TSH: hormônio estimulante da tireóide). CRH:
Hormônio de liberação das corticotrofinas (ACTH: hormônio adrenocorticotrófico,
que vai estimular a adrenal a secretar os seus hormônios). É por isso que o
eixo hipotálamo-hipofisário é considerado a glândula mestra do sistema
endócrino.
Se
pensarmos em célula-alvo, o LH e o FSH vão agir sobre gônadas pra estimular
testosterona, progesterona e estrógeno, nas gônadas. Já o GH, age sobre todo o
corpo, é o único dos hormônios citados anteriormente que não vai agir sobre uma
glândula, ele tem uma ação sistêmica. O TRH vai agir sobre a tireóide, pra
estimular T3 eT4. O CRH vai agir sobre o córtex da adrenal pra secretar
corticóides, sendo o cortisol, o principal.
Então,
têm-se três glândulas que são afetadas por esse eixo e um que é mais sistêmico,
que é o caso do GH.
·
GH: é
um hormônio que está relacionado com o crescimento.
Estimula a síntese de proteínas,
estimula metabolismo de gordura e de carboidratos. Então ele faz, catabolismo
de gordura, catabolismo de carboidrato e anabolismo protéico.
Na
infância, o GH estimula o crescimento de tecidos ao longo do tempo. Na maturidade
os níveis de GH diminuem pouco. Na velhice é onde se tem uma maior queda do GH.
Uma
criança que tenha uma hiposecreção de GH, ela vai sofrer de um tipo específico
de nanismo, ela terá déficit de crescimento. Se detectado a tempo é de fácil
tratamento (injeções de GH).
Uma
criança que apresenta uma neoplasia de eixo hipotálamo hipófise, com
hipersecreção de GH, ela vai ter gigantismo. Um tratamento seria utilizar uma
droga que bloqueia o GH.
Têm-se variações ao longo do dia,
dependendo do estado de atividade do indivíduo e principalmente têm-se um
aumento muito importante do GH no período de sono, em especial, no período de
sono mais profundo, o chamado sono REM (rapid eyes mavement), onde têm-se o
momento dos sonhos. A qualidade do sono, depende de quantos períodos desses
têm-se.
A função
desse aumento de GH no período noturno: Após um dia de trabalho, fazendo
exercícios, provavelmente têm-se um processo catabólico de proteína ->
aumenta o GH para reconstituir tudo isso.
Esse sono
REM tem relação com o escuro, e que por sua vez, tem relação com uma que é a
glândula pineal, e que por sua vez, tem relação com um hormônio que é a
melatonina. Esse é o sistema que controla o nosso ciclo claro e escuro. Esse ciclo interfere na secreção de
melatonina, que vai afetar a qualidade do sono.
É
fundamental que na hora de dormir, busquemos um ambiente escuro, para
atingirmos o sono REM, que vai desencadear a secreção de malatonina e que por
sua vez, vai desencadear a secreção do hormônio de crescimento.
Situações
que afetam isso: álcool ingerido em quantidade demasiada, faz abolir o sono
rem, ou seja, dorme-se a noite inteira, e acorda-se cansado. Outra situação que
afeta é luz, é necessário o escuro para atingir o sono REM. Buscamos o escuro
fisiologicamente para atingir o sono REM.
Assim, então, funciona o GH em condições normais.
Em caso
de exercício:
Joga-se o aumento de GH (esse aumento de GH é de
início tardio, ele não aumenta imediatamente após o início do exercício, ou
seja, ele demora de 15 a 30 min para começar a aumentar). Quanto maior a
intensidade maior o nível de secreção de GH.
Efeitos:
estimular o fígado a secretar os IGF's , fator de
crescimento semelhante a insulina. A meia vida do GH é de uma a duas horas,
isso quer dizer que, quando há secreção de GH em questão de uma a duas horas
aquele nível de GH desaparece da circulação. A meia vida do IGF, é de seis a
oito horas, isso quer dizer que, há secreção de GH, ele estimula o fígado a
produzir IGF e esse IGF, que é o principal agente anabólico, ele vai ser
mantido na circulação por seis, oito, dez horas estimulando a síntese proteica.
O GH é
utilizado como recurso ergo gênico, injeta-se GH para aumentar a massa
muscular. Mas existem dois problemas quanto a isso: efeito metabólico, porque o
GH tem ação diabetogênica, pode acontecer um pico insulínico, um pico
glicêmico. O problema é que, o GH estimula crescimento ósseo, têm-se
crescimento de massa ósseo/ espessamento ósseo, têm-se aumento de ossos curtos
e chatos (mãos, pés, crânio..), ou seja, mãos crescem, mandíbula cresce, existe
também alteração de oclusão (forma como os dentes superiores encaixam nos
inferiores). Isso se chama acromegalia.
Principais opióides de uso
comercial: Heroína, morfina, codeína. Produzem efeitos semelhantes, porém em
diferentes graus: Analgesia, sensação de bem estar e euforia e sonolência.
O
exercício provoca um aumento de secreção de beta endorfina, principalmente para
intensidades maiores do que 50% do VO² máximo e maior do que 30 min. Porém,
também encontra-se aumento de beta endorfina em exercícios de força, que não
tem mais do que 30 min.
A beta endorfina é derivada de uma molécula grande, que é a POMC. O efeito da beta endorfina é a sensação de relaxamento, bem-estar, e uma certa euforia e até mesmo um certo grau de analgesia, fazendo com que tu consiga avançar em termos de carga de trabalho. Além desse efeito, que é um efeito agudo, têm-se efeito crônico, a repetição sistemática de exercício, faz com que desenvolva-se uma dependência de beta endorfina. O nome desse quadro é o quadro dos corredores obrigatórios , é aquela pessoa que tem que fazer exercício diariamente, que se não fizer, ou não conseguir fazer a sessão de exercício, e portanto, não receber a dose de beta endorfina, ele apresenta um quadro de síndrome abstinência. Os efeitos dessa síndrome são: alteração de humor, ansiedade, nervosismo, aumento de frequência cardíaca e pressão arterial, em alguns casos sudorese excessiva, em alguns casos tremores. É um caso de dependência química de opioide endógeno.
A beta endorfina é derivada de uma molécula grande, que é a POMC. O efeito da beta endorfina é a sensação de relaxamento, bem-estar, e uma certa euforia e até mesmo um certo grau de analgesia, fazendo com que tu consiga avançar em termos de carga de trabalho. Além desse efeito, que é um efeito agudo, têm-se efeito crônico, a repetição sistemática de exercício, faz com que desenvolva-se uma dependência de beta endorfina. O nome desse quadro é o quadro dos corredores obrigatórios , é aquela pessoa que tem que fazer exercício diariamente, que se não fizer, ou não conseguir fazer a sessão de exercício, e portanto, não receber a dose de beta endorfina, ele apresenta um quadro de síndrome abstinência. Os efeitos dessa síndrome são: alteração de humor, ansiedade, nervosismo, aumento de frequência cardíaca e pressão arterial, em alguns casos sudorese excessiva, em alguns casos tremores. É um caso de dependência química de opioide endógeno.
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