Esse sistema
tem como função transportar O², através do Sistema Cardiovascular, a fim de que
oxigene todo o tecido periférico e, entre eles, o tecido muscular. Então se
torna importante conseguirmos analisar o consumo de O² e com isso conseguir
inferir a capacidade cardiorrespiratória,
que é a medida através de um teste de esforço, no qual analisa os gases
que são expirados (CO² e O²).
VO²: CONSUMO DE OXIGÊNIO BRUTO. É o que consegue inspirar (em torno
1% de O²), transportar e utilizar na musculatura.
VO² MÁXIMO: É quando se atinge o platô da curva. O sujeito está
fazendo o teste, corendo na esteira, aumentando a velocidade, a curva da
ventilação subindo e, em determinado momento, a curva se torna mais retilínea (platô). O aumento da intensidade do
teste não modifica a curva, ou seja, continua em platô. O VO² não aumenta mais,
mesmo aumentando a velocidade do teste. Porém quando há forte influência
genética, pode melhorar em torno de 20%.
VO² PICO: Quando em um teste se avalia a curva da ventilação do
sujeito. Essa curva tende a aumentar, porque aumenta a intensidade do
exercício, logo, o sujeito começa a ventilar mais. Então durante todo o teste a
curva vai subindo (ascendente) e em determinado tempo, por algum motivo, o
sujeito pede para encerrar o teste. Após o teste ser encerrado, a curva tem uma
tendência de continuar subindo, sendo caracterizado como VO² de pico. Esse pode
ser melhorado com treinamento aeróbico.
- Cada indivíduo adquire um padrão de resposta. Normalmente indivíduos com baixa condição física não atingem consumo máximo, atingem apenas consumo de pico.
- CONSUMO MÁXIMO: O indivíduo deve resistir a uma condição anaeróbia que o aumento sucessivo de carga não aumenta mais o consumo, então se faz o platô. Um indivíduo com baixa condição física, normalmente atinge o máximo e para, só faz o pico. Então ele é o máximo naquele momento.
- É possível aumentar o consumo máximo de O² com treinamento, em no máximo 20%.
Então o VO² obedece a Equação de Fick, que é o débito cardíaco máximo multiplicado pela diferença arteriovenosa de O².
O esporte que
tem o maior consumo de O² é o SKY CROSS COUNTRY (85 ml/kg/min), nele são
utilizados braços e pernas. O consumo é maior até mesmo que na maratona (80
ml/kg/min), pela maior quantidade de grupamentos musculares consumindo O².
Genética e
seleção natural realizada pelo esporte de alto nível, determinam as diferenças
no consumo de O².
- É possível que qualquer pessoa tenha consumo de 70 ml/kg/min.
- No mínimo 25 ml/kg/min, o sujeito é sedentário.
- Menos de 25 ml/kg/min, se vê pós-infarto (baixo débito cardíaco, pois há perda de massa cardíaca).
A capacidade
máxima de transporte e de utilização de oxigênio durante o exercício (CONSUMO
MÁXIMO DE O² OU VO²) é considerado uma das medidas mais válidas da aptidão
cardiovascular. Os testes de exercício progressivo são os mais utilizados para
determinar a aptidão cardiovascular do indivíduo, sendo, normalmente,
realizados em uma esteira ou em uma bicicleta ergonométrica. O teste começa com
o indivíduo realizando um rápido aquecimento, seguido de um aumento da taxa de
trabalho de 1 a 3 minutos, até que não seja possível manter a potência
desejada. Na esteira, esse aumento da taxa de trabalho pode ser conseguido com
o aumento de sua velocidade. Na bicicleta ergonométrica o aumento da potência é
obtido pelo aumento da resistência na roda.
A figura 1
ilustra a alteração do consumo de oxigênio durante um teste de exercício
progressivo típico em uma bicicleta ergonométrica. O consumo de oxigênio
aumenta como uma função linear da taxa de trabalho que o VO² até que o VO²
máximo seja atingido. Quando isso ocorre, um aumento da potência não acarreta
aumento no consumo de oxigênio. Portanto, o VO² máximo representa o “teto
fisiológico” da capacidade do sistema de transporte de oxigênio de liberar O²
aos músculos que estão contraindo. Os fatores fisiológicos que influenciam o
VO² máximo incluem:
- A capacidade máxima do sistema cardiorrespiratório de liberar oxigênio ao músculo que está contraindo
- A capacidade muscular de captar o oxigênio e produzir ATP aerobicamente;
- Tanto a genética quanto o treinamento influenciam o VO² máximo.
Uma
técnica não invasiva comumente utilizada para estimar a porcentagem da
contribuição dos carboidratos e das gorduras ao metabolismo energético durante
o exercício é a relação entre o débito de dióxido de Carbono (VCO²) e o volume
de oxigênio consumido (VO²). Essa relação é denominada TAXA DE TROCA
RESPIRATÓRIA (RER), onde: RER = VCO²/VO².
Como
a RER pode ser utilizada para estimarmos se as gorduras ou os carboidratos
estão sendo utilizados como substrato?
RER DAS GORDURAS: Quando a gordura é
oxidada, o O² combina-se com o carbono para formar CO² e se liga ao hidrogênio
para formar água. A relação química é a seguinte:
Para que a RER seja utilizada como estimativa da utilização do
substrato durante o exercício, o indivíduo deve ter atingido um estado estável.
Isso é muito importante porque somente durante o exercício no estado estável é que o VCO² e o VO² refletem a troca de o² e de CO² nos tecidos.
EXEMPLO: Pessoa hiperventilando- perda excessiva de CO² pode influenciar a
taxa de VCO² / VO² e invalidar o uso da RER para estimular qual substrato está
sendo consumido.
A oxidação dos carboidratos
também resulta numa relação previsível entre o volume de oxigênio consumido e a
quantidade de CO² produzido. A oxidação dos carboidratos resulta numa RER de 1,0.
A oxidação de gorduras exige mais O² do que a de carboidratos. Isso se
deve ao fato de os carboidratos conterem mais O² do que as gorduras.
A tabela abaixo representa uma faixa de valores de RER e a porcentagem
do metabolismo de gorduras e carboidratos que eles representam:
· Quanto maior a RER, maior o papel dos
carboidratos, e quanto menor a RER, maior a contribuição das gorduras;
· No que confere à intensidade do exercício, o de
baixa intensidade depende, sobretudo das gorduras como substrato, enquanto os
carboidratos são a fonte predominante de energia no exercício de alta
intensidade;
· À medida que os valores de RER vão aumentando,
isso significa que o sistema está aumentando a intensidade, dando preferência
para o sistema Glicolítico (via mais rápida) ao Lipolítico.
- Pode haver limitação cardíaca ou muscular, nesse caso deve-se parar o
exercício.
- A perda de peso melhora o consumo máximo de VO², pois este é divido pela massa.
Gostei da Matéria interessante analisar como o sistema cardiorespiratorio faz a diferença na nossa vida de diversas maneiras
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