sexta-feira, 5 de abril de 2013

SISTEMA CARDIORESPIRATÓRIO



Esse sistema tem como função transportar O², através do Sistema Cardiovascular, a fim de que oxigene todo o tecido periférico e, entre eles, o tecido muscular. Então se torna importante conseguirmos analisar o consumo de O² e com isso conseguir inferir a capacidade cardiorrespiratória, que é a medida através de um teste de esforço, no qual analisa os gases que são expirados (CO² e O²).

VO²: CONSUMO DE OXIGÊNIO BRUTO. É o que consegue inspirar (em torno 1% de O²), transportar e utilizar na musculatura.

VO² MÁXIMO: É quando se atinge o platô da curva. O sujeito está fazendo o teste, corendo na esteira, aumentando a velocidade, a curva da ventilação subindo e, em determinado momento, a curva se torna mais retilínea (platô). O aumento da intensidade do teste não modifica a curva, ou seja, continua em platô. O VO² não aumenta mais, mesmo aumentando a velocidade do teste. Porém quando há forte influência genética, pode melhorar em torno de 20%.

VO² PICO: Quando em um teste se avalia a curva da ventilação do sujeito. Essa curva tende a aumentar, porque aumenta a intensidade do exercício, logo, o sujeito começa a ventilar mais. Então durante todo o teste a curva vai subindo (ascendente) e em determinado tempo, por algum motivo, o sujeito pede para encerrar o teste. Após o teste ser encerrado, a curva tem uma tendência de continuar subindo, sendo caracterizado como VO² de pico. Esse pode ser melhorado com treinamento aeróbico.

  •         Cada indivíduo adquire um padrão de resposta. Normalmente indivíduos com baixa condição física não atingem consumo máximo, atingem apenas consumo de pico.

  •       CONSUMO MÁXIMO: O indivíduo deve resistir a uma condição anaeróbia que o aumento sucessivo de carga não aumenta mais o consumo, então se faz o platô. Um indivíduo com baixa condição física, normalmente atinge o máximo e para, só faz o pico. Então ele é o máximo naquele momento.

  •        É possível aumentar o consumo máximo de O² com treinamento, em no máximo 20%.


       Então o VO² obedece a Equação de Fick, que é o débito cardíaco máximo multiplicado pela diferença arteriovenosa de O².

       O esporte que tem o maior consumo de O² é o SKY CROSS COUNTRY (85 ml/kg/min), nele são utilizados braços e pernas. O consumo é maior até mesmo que na maratona (80 ml/kg/min), pela maior quantidade de grupamentos musculares consumindo O².

         Genética e seleção natural realizada pelo esporte de alto nível, determinam as diferenças no consumo de O².

  •        É possível que qualquer pessoa tenha consumo de 70 ml/kg/min.
  •        No mínimo 25 ml/kg/min, o sujeito é sedentário.
  •      Menos de 25 ml/kg/min, se vê pós-infarto (baixo débito cardíaco, pois há perda de massa cardíaca).


A capacidade máxima de transporte e de utilização de oxigênio durante o exercício (CONSUMO MÁXIMO DE O² OU VO²) é considerado uma das medidas mais válidas da aptidão cardiovascular. Os testes de exercício progressivo são os mais utilizados para determinar a aptidão cardiovascular do indivíduo, sendo, normalmente, realizados em uma esteira ou em uma bicicleta ergonométrica. O teste começa com o indivíduo realizando um rápido aquecimento, seguido de um aumento da taxa de trabalho de 1 a 3 minutos, até que não seja possível manter a potência desejada. Na esteira, esse aumento da taxa de trabalho pode ser conseguido com o aumento de sua velocidade. Na bicicleta ergonométrica o aumento da potência é obtido pelo aumento da resistência na roda.





A figura 1 ilustra a alteração do consumo de oxigênio durante um teste de exercício progressivo típico em uma bicicleta ergonométrica. O consumo de oxigênio aumenta como uma função linear da taxa de trabalho que o VO² até que o VO² máximo seja atingido. Quando isso ocorre, um aumento da potência não acarreta aumento no consumo de oxigênio. Portanto, o VO² máximo representa o “teto fisiológico” da capacidade do sistema de transporte de oxigênio de liberar O² aos músculos que estão contraindo. Os fatores fisiológicos que influenciam o VO² máximo incluem:

  • A capacidade máxima do sistema cardiorrespiratório de liberar oxigênio ao músculo que está contraindo
  •  A capacidade muscular de captar o oxigênio e produzir ATP aerobicamente;
  • Tanto a genética quanto o treinamento influenciam o VO² máximo.
 Uma técnica não invasiva comumente utilizada para estimar a porcentagem da contribuição dos carboidratos e das gorduras ao metabolismo energético durante o exercício é a relação entre o débito de dióxido de Carbono (VCO²) e o volume de oxigênio consumido (VO²). Essa relação é denominada TAXA DE TROCA RESPIRATÓRIA (RER), onde: RER = VCO²/VO².

Como a RER pode ser utilizada para estimarmos se as gorduras ou os carboidratos estão sendo utilizados como substrato?

RER  DAS GORDURAS: Quando a gordura é oxidada, o O² combina-se com o carbono para formar CO² e se liga ao hidrogênio para formar água. A relação química é a seguinte:



 Para que a RER seja utilizada como estimativa da utilização do substrato durante o exercício, o indivíduo deve ter atingido um estado estável. Isso é muito importante porque somente durante o exercício no estado estável é que o VCO² e o VO² refletem a troca de o² e de CO² nos tecidos.

EXEMPLO:  Pessoa hiperventilando- perda excessiva de CO² pode influenciar a taxa de VCO² / VO² e invalidar o uso da RER para estimular qual substrato está sendo consumido.

A oxidação dos carboidratos também resulta numa relação previsível entre o volume de oxigênio consumido e a quantidade de CO² produzido. A oxidação dos carboidratos resulta numa RER de 1,0.






A oxidação de gorduras exige mais O² do que a de carboidratos. Isso se deve ao fato de os carboidratos conterem mais O² do que as gorduras.
A tabela abaixo representa uma faixa de valores de RER e a porcentagem do metabolismo de gorduras e carboidratos que eles representam:




·     Quanto maior a RER, maior o papel dos carboidratos, e quanto menor a RER, maior a contribuição das gorduras;
·    No que confere à intensidade do exercício, o de baixa intensidade depende, sobretudo das gorduras como substrato, enquanto os carboidratos são a fonte predominante de energia no exercício de alta intensidade;
·     À medida que os valores de RER vão aumentando, isso significa que o sistema está aumentando a intensidade, dando preferência para o sistema Glicolítico (via mais rápida) ao Lipolítico.


-       Pode haver limitação cardíaca ou muscular, nesse caso deve-se parar o exercício.
-       A perda de peso melhora o consumo máximo de VO², pois este é divido pela massa. 













Um comentário:

  1. Gostei da Matéria interessante analisar como o sistema cardiorespiratorio faz a diferença na nossa vida de diversas maneiras

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