sábado, 4 de maio de 2013

SISTEMA ENDÓCRINO II



  • HORMÔNIOS DA TIREOIDE

           O TRH age sobre a hipófise para secretar o hormônio Tireoide Estimulante conhecido como TSH. Esse por sua vez, estimula a glândula Tireoide a secretar os hormônios Triiodotironina (T3) e Tiroxina (T4). 






          A doença relaciona a estrutura molecular do T3 e do T4 é conhecida como Bócio Endêmico. Essa patologia é restrita a uma área geográfica, sendo assim mais comum no centro do Brasil em que o solo é pobre de iodo, fazendo com que a maioria dos alimentos tenham pouca quantidade de iodo. O bócio endêmico tem como característica a hipertrofia da glândula tireoide acompanhada de um hipotireoidismo, pois não há oferta de iodo suficiente, fazendo com que a glândula não secrete os hormônios.
         A adição de iodo ao cloreto de sódio foi uma das medidas utilizadas para adicionar os nutrientes faltantes que provocam doenças, na alimentação da sociedade. O único problema ainda não solucionado com clareza são as quantidades que devem ser aplicadas.
        As variações nos hormônios da tireoide geram patologias conhecidas como Hipotireoidismo e Hipertireoidismo. O primeiro é resultante da deficiência dos hormônios produzidos pela tireoide e o segundo pelo excesso.
         As taxas metabólicas estão relacionadas com os hormônios da tireoide. Quando há um aumento desses hormônios, há um aumento das taxas metabólicas como, por exemplo: gasto calórico e aumento do catabolismo de carboidratos. Isso gera consequências, como no hipertireoidismo em que há um aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial e a perda de peso. No hipotireoidismo ocorre ao contrário, fazendo com que o indivíduo tenha uma tendência a obesidade e hipotensão. Esses são fenômenos do metabolismo dos quais as variações hormonais da tireoide podem causar.



COMO OS HORMÔNIOS DA TIREOIDE RESPONDEM EM UMA SITUAÇÃO DE EXERCÍCIO?



     Um determinado nível de hormônio responde a atividade metabólica. Essa não se altera muito durante o dia, se mantém estável ao longo de um período, apenas sofre algumas variações.
       Quando uma sessão de exercício de 1 hora é iniciada ocorre um aumento dos hormônios da tireoide concomitantemente ao exercício, justificando um aumento na atividade metabólica, no consumo de gordura e carboidratos entre outros. Logo após, ocorre uma queda abaixo do normal. Há um desnivelamento nos níveis de T3 e T4, até 3 horas após o exercício e só depois retorna ao normal. Outro efeito estranho que ocorre é o REBOTE, ou seja, os hormônios da tireoide são elevados acima do repouso novamente e depois se estabilizam.
       Esse é o efeito típico do exercício agudo sobre os hormônios da tireoide. O fato é que em função do exercício ocorre mais aumento do que diminuição de T3 e T4.

       Os indivíduos tem uma adequação entre ingesta e gasto calórico. Um exemplo seria em uma semana da qual tivemos um alto nível de estresse, ocorre um maior gasto calórico, com isso ingerimos mais alimentos. E vice versa para o contrário dessa situação. O sistema regula essas variações fazendo com que não se tenha grandes alterações na massa corporal.


      A nutricionista diminui a ingesta calórica provocando um desequilíbrio entre gasto e ingesta. Esse método é eficiente para pessoas que desejam perder de 3 a 4kg, pois tem um efeito rápido de 1 semana. Porém para obesos que necessitam perder de 30 a 40 kg é muito difícil.
    Na segunda semana, haverá um emagrecimento menor e com o passar do tempo à quantidade vai caindo, pois vai se equiparando com o gasto energético, provocando uma grande dificuldade para emagrecer.

      O gráfico acima mostra que apenas a dieta não é eficiente para o emagrecimento, assim como apenas exercícios também não são eficientes. O mecanismo mais eficiente para o emagrecimento é unir uma dieta padrão com o exercício. Ocorre que artificialmente estamos mantendo uma taxa metabólica elevada e mantendo o desequilíbrio entre ingesta e gasto.



As vantagens obtidas com esse mecanismo são:

1-      Não é necessário exercícios de grande rendimento, volume, intensidade ou frequência semanal. Sendo sempre o melhor exercício, aquele do qual o indivíduo melhor se adapta e se enquadra.
2-      Não é necessária uma dieta radical.

Com isso, aumenta a aderência do paciente ao tratamento.


HORMÔNIO GONADOTRÓFICOS

       Apresentam diferentes comportamento na secreção, sendo no homem mais estável e na mulher de forma pulsátil. Como na mulher a secreção ocorre desta forma, consequentemente os estímulos ao nível de gônada são pulsáteis também.
      O GNRH estimula a hipófise a secretar LH e FSH. Esses por sua vez, estimulam as gônadas a secretar hormônios como por exemplo: testosterona, progesterona, estrógeno. 



MULHERES
        As variações ocorrem em um ciclo de 28 dias para mais ou para menos.







1º MOMENTO: LH e FSH sobrem. Em função desse aumento, existe um estímulo para a MATURAÇÃO FOLICULAR. Nessa fase os ovários que tem no seu interior um óvulo primordial em estado inicial começam a maturar juntamente com os óvulos. Isso ocorre simultaneamente entre 6 e 12 folículos. Em determinado momento, um folículo começa a se maturar mais que os outros que involuem.
OBS: Esse processo só tem exceção na formação de gêmeos.


2ª MOMENTO :Quando ocorre a maturação do folículo, ele começa a secretar o hormônio Estrógeno que começa a aumentar na circulação. Esse hormônio tem a função de preparar a espessa parede do endométrio aumentando a irrigação e a produção de muco, fazendo com que o útero possa receber o óvulo. O folículo se rompe e o nível de estrógeno cai, ocorrendo assim a segunda ovulação. Logo após os níveis de estrógeno aumentam novamente.

3º MOMENTO: O estrógeno tem uma função inibitória sobre o LH e o FSH. Quando o estrógeno cai, libera secreção de LH e FSH e a mulher tem um pico desses hormônios e provoca a liberação do óvulo de 16 a 24 horas após. A ovulação ocorre no 14º dia, com isso a estrutura já recuperou a sua função e começa a aumentar novamente o nível de estrógeno.
       O óvulo é liberado e capturado pelas fímbrias uterinas, vai pelas tubas e chega até o útero. Se houver a fecundação o nível de progesterona segue aumentando junto com o estrógeno. Ao longo da gestação, ocorre a inibição do eixo hipotalâmico hipofisário inibindo LH e FSH. A mulher se torna anovulatória (não ovula mais) durante a gestação. Logo após o parto retorna o processo normal.

4º MOMENTO: O líquido que estava dentro do óvulo é liberado e coagula formando o Corpo Lúteo que possui a função secretora de Progesterona, aumentando assim o seu nível.

5º MOMENTO: Se não acontece a fecundação ( prazo de 72 horas para ser fecundado) o óvulo entra em involução. A progesterona e o estrógeno começam a cair, ao final, o endométrio descama ocorrendo a menstruação. O LH e o FSH sobem novamente começando outro ciclo.






OBS: O anticoncepcional joga os níveis, inibindo os eixos hipotalâmicos não ocorre o processo.


      Em esportes dos quais as atletas necessitam ficar magras em função da demanda metabólica do exercício (exemplo ginastas e maratonistas), como ocorre uma diminuição do colesterol, que é um substrato para  a formação de esteroides, a mulher fica amenoréica ( diminuição da fertilização e da menstruação). Com isso essas mulheres tem tendência a osteoporóide (diminuição da densidade mineral óssea) e esse problema deve ser prevenido com acompanhamento dos seus exercícios de treinamento, as vezes esse deve ser cessado para que ocorra a menarca da atleta.
       Antigamente na década de 70 e 80 para as atletas era melhor haver a menarca mais tardia, pois com ela ocorre a perda de elasticidade muscular, a perda da flexibilidade e um estirão puberal provocando a perda de coordenação e o aumento da força. Na ginástica as meninas começavam a treinar com 6 anos de idade e com 16 anos já eram consideradas ex atletas, ocorrendo um alto desempenho durante os 14 anos de idade.
      Ao longo dos anos a confederação proibiu as participações em competições internacionais para menores de 16 anos. Com isso, não consegue ter uma atleta com menarca tão tardia. Agora no esporte preferem meninas com menarcas mais precoces, pois há mais tempo para treinamento. Isso permite que as atletas permaneçam com alto nível até a fase adulta.


DESORDEM DIAFORÉTICA MENSTRUAL (TPM)

      Normalmente os exercícios que geram mais gasto energético alteram os sintomas, diminuindo em termos de ansiedade entre outros. 


HOMEM

      Não ocorre um ciclo, pois permanece estável. Há uma relação direta de intensidade e secreção entre testosterona e exercícios.


ANABÓLICOS ESTERÓIDES: Estimulam a síntese proteica e o ganho de  massa muscular.


EFEITOS CONTROLATERAIS




        O uso por grandes atletas não é tão preocupante, pois existem muitos profissionais em função deles para minimizar esses agravantes. O problema é ser usado por pessoas leigas.



HORMÔNIO DE LIBERAÇÃO CORTICOTROFINA (CRH)


        Atua na ACTH para secreção de Cortisol que é antiinflamatório e aumenta o catabolismo de proteínas. Durante um exercício sofre aumento. Normalmente usa-se esse hormônio no meio de um exercício, ele é aplicado em alguma lesão articular para acelerar o processo de recuperação. O cortisol deve ser aplicado no máximo 3 vezes ao ano, pois possui efeito catabólico ou seja, começa a consumir as estruturas proteicas da articulação, provocando assim maiores problemas.



HORMÔNIO DA MEDULA SUPRA RENAL- ADRENALINA E NORADRENALINA


A curva vai deslocar para direita em cargas mais altas quando treinamos o atleta.




- Quanto mais alta a relação, maior é o estress físico.
- Quanto mais baixa, maior o estress mental.

A noraadrenalina está diretamente relacionada com a curva de lactato, pois estimula a glicólise.

CATECOLAMINAS BASAIS ao longo do treinamento, a medida que melhora as condições físicas, ela vai caindo.






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