quinta-feira, 11 de julho de 2013

SISTEMA RENAL E TERMOREGULAÇÃO

Rim

     Formado por dois órgãos que recebem fluxo (arterial e venoso) a partir da aorta  -> chegando até a estrutura renal propriamente dita.
                                            
                                          Recebe aproximadamente 2 litros / min -1
                                          -120 litros / hora    -2880 litros / dia -1


A partir da artéria renal têm-se uma rede de arteríolas:




·         A FILTRAÇÃO glomerular é essencialmente regulada pela pressão glomerular, que depende do fluxo que chega e da resistência oferecida. Quanto maior a pressão glomerular, maior será a filtração.

·         REABSORÇÃO:

- Sistema do ADH (hormônio antidiutérico): Age no néfron (túbulo contorcido proximal), estimulando a regulação de aquaporinas. Como resultado, aumenta-se os poros tubulares, retirando água por canais específicos chamados aquaporinas. E então, aumenta a reabsorção de água.

 -  Sistema Renina - Angiotensina - Aldosterona:

   RENINA: Enzina proteolítica, produzida por células justa-glomerulares (células que estão junto do glomérulo: são sensíveis à fluxo sanguíneo). Então, a queda de fluxo diminui a estimulação sobre célula justa-glomerular, e isso estimula a secreção de grânulos, que são armazenados nessas células justa-glomerulares, que são grânulos de renina. Essa renina, como o próprio nome diz, é oriunda do rim, que age sobre uma proteína plasmática inativa, chamada: angiotensinogênio.

     A renina quebra o angiotensinogênio, formando angiotensina 1, que é convertida a angiotensina 2, e assim sucessivamente. Essa é a cadeia das Cininas.

    Na conversão de angiotensina 1 para angiotensina 2, têm-se uma enzima chamada Cininase 2, que é conhecida como ECA (enzima conversora de angiotensina).

    A angiotensina 2 é conhecida como um potente agente vasoconstritor.

   Produz uma vasocontrição da arteríola eferente, e uma vasodilatação da aferente. Em função disso, a pressão glomerular aumenta. Ou seja, mesmo com baixo fluxo renal, ainda mantêm-se o sistema funcionando as custas de angiotensina 2.

  Além disso, essa angiotensina 2, age sobre a supra renal, estimulando a secreção de aldosterona.

                         - É um mineralocorticóide, secretada pelo córtex da supra-renal.
                         - Aumenta a reabsorção de sódio na forma hidratada: recapta sódio e água, e então, têm-se uma intensa reabsorção de água ao longo do sistema, chegando ao final, com um filtrado glomerular mais concentrado, ou seja, com menos água.
Então, o sistema do ADH é ativado pela osmolaridade plasmática, e o sistema renina-angiotensina-aldosterona pelo fluxo. Porém, nem sempre que ativa-se um sistema, também ativa-se o outro. Pode-se ter variações tanto de osmolaridade, quanto de fluxo, sem que se tenha o vice-versa.
         Os prilatos, como ramipril, enalapril e captopril, são bloqueadores da ECA. São usados como drogas anti-hipertensivas, porque impedem a síntese de angiotensina II e seu efeito vasoconstritor, além de evitar o estímulo para a secreção de aldosterona.
Alguns dos efeitos colaterais do captopril, por exemplo, é a tosse.


NO EXERCÍCIO:






- O fluxo sanguíneo renal não muda até, aproximadamente, 50% do consumo máximo de oxigênio. A partir daí, para cada incremento de carga, ele cai até, em cargas máximas, 1% do débito. O fluxo renal, segue caindo após o encerramento do exercício. Ainda no processo de recuperação, ele vai recuperar. Porém, ele faz um pico acima dos valores de repouso e esse aumento de fluxo pode chegar de 20 a 30% mais do que em repouso. Isso acontece de 2 a 4 horas após o encerramento do exercício.

- A filtração glomerular não muda até, aproximadamente, 50% do consumo máximo de oxigênio, assim como o fluxo sanguíneo. A partir do momento que cai o fluxo sanguíneo renal, tem-se uma queda da filtração glomerular, porém, mais lentamente que o fluxo devido à renina liberada pelas células justa glomerulares, provocando vasodilatação da arteríola aferente e vasocontrição da arteríola eferente. A filtração glomerular continua caindo após o exercício, e faz um pico depois de algumas horas.

- A produção de urina também não muda até, aproximadamente, 50% do consumo máximo de oxigênio. A partir do momento que eu supero 50% do consumo máximo do oxigênio, produção de urina diminui, pois diminui a filtração glomerular. A produção de urina cai mais rápido do que os outros, pois a reabsorção de água aumenta, devido a aumento do ADH e da Aldosterona. No período de recuperação, têm-se essa contínua queda de filtração e a produção de urina se mantém baixa ao longo do tempo. E uma vez que começa a recuperar a filtração glomerular, aí sim, ela começa a aumentar, mas sem fazer pico.



Exame Qualitativo de Urina (EQU):
      Avalia a  densidade, a gravidade específica da urina, o pH, a presença de albumina, leucócitos, basófilos, hemácias. Albuminúria, hematúria e proteinúria são marcadores de diagnóstico de nefrite (infecção renal com alteração de filtração). Trata-se com antibiótico.
Pseudo nefrite atlética: é um falso positivo em EQU feito um dia após a sessão de exercícios, devido ao pico de filtração glomerular que ocorre de 4 a 6 horas o exercício.

TERMORREGULAÇÃO:
         Produção de suor: a glândula sudorípara é irrigada por um vaso. Esse sistema retira água do sangue e joga sob a forma de suor para superfície da pele. O estímulo para a glândula sudorípara é, essencialmente, catecolaminas. Quando tem-se um aumento da atividade adrenérgica sobre a glândula, ela começa a extrair água do suor e jogar suor para fora, em forma de gotículas. Se o suor não evaporar ou evaporar pouco, a temperatura corporal aumenta mais. Isso ocorre quando a umidade relativa do ar está muito alta ou quando a roupa cria um microclima entre sobre a pele.
    A taxa de suor aumenta conforme aumenta a duração do exercício e a intensidade do exercício. Pois, mesmo mantendo a mesma intensidade de exercício durante um certo tempo, o efeito da ação muscular é cumulativo, produz-se mais calor, e ao longo do tempo há mais suor.
    Crianças produzem menos suor, pois a glândula sudorípara está imatura. A medida que elas se tornam maturas -na puberdade-, tem-se um aumento na taxa de produção de suor, que na maturidade estabiliza. Por isso, ao fazer exercício com uma criança, tem que levar em conta a questão da taxa de produção de suor.

Transferência de calor:
     Condução (contato molécula/ molécula), convexão (sangue), irradiação (recebe-se do sol) e evaporação.

Criança:  menor superfície corporal

SUP. CORP. RELATIVA: cm² / kg
 
               maior superfície corporal relativa
                               X
     
Adulto:  maior superfície corporal
               menor superfície corporal relativa
- Criança recebe, proporcionalmente, mais calor que o adulto.
- Principal mecanismo de troca de calor da criança é a irradiação.
- Principal mecanismo de troca de calor do adulto é a evaporação (sudorese).

Controle da temperatura:

- No frio:
-Tremores (ação muscular involuntária ritmada);
-Vasocontrição (para evitar que o sangue aflore);
-Piloereção (aumenta a espessura da camada de ar sobre a pele, mas não é eficiente em humanos).

- No calor:
-Sudorese;
-Vasodilatação (para o calor ser eliminado mais facilmente, com o sangue mais próximo da superfície).

       Quando, pelo exercício ou por condições ambientais, ultrapassa-se 39°C como temperatura corporal, o centro termorregulador -que fica no bulbo- tem um mau funcionamento, então, passa a gerar respostas inadequadas, como tremores, piloereção e vasoconstrição. Se o atleta (de futebol americano, por exemplo) chegar nesse estágio, pode entrar em um quadro de intermação, gerando cãimbras em todo o corpo em todo o corpo e  lesão neuronal, que pode levar a morte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário