quarta-feira, 10 de julho de 2013

SISTEMA RESPIRATÓRIO II



VOLUME EXPIRATÓRIO FORÇADO POR SEGUNDO ( VFUN)

Em um espirômetro se faz uma inspiração máxima e sopra o ar com maior potência, velocidade e força possível. Ocorre um deslocamento de volume ar em relação ao tempo.





Inicia de zero, pois não há deslocamento de nenhum ar. Quando se coloca o bucal há um deslocamento de ar muito rápido, ou seja, um grande volume em uma fração de tempo muito curta e isso depois gera uma curva como observado no gráfico acima.

Quando se chega ao volume máximo (pico do gráfico), se deslocou todo o volume de ar que tinha disponível no sistema respiratório, menos o volume residual, em um determinado tempo, normalmente entre 2 e 3 segundos. O volume máximo representa a capacidade vital e varia de indivíduo para individuo de acordo com o seu tamanho.

INDIVÍVUO GRANDES: 9 LITROS
INDIVÍDUO PEQUENOS: 3 LITROS

No gráfico foi representado o volume que foi expirado de forma forçada em 1 segundo.

  •          VFUN sempre será menor que a capacidade vital. Não existe possibilidade desse ser igual a capacidade vital. Eles se interligam através da relação:

VEF1/ cv X 100 deve ser maior ou igual 0,7= 70% - CONDIÇÃO DE NORMALIDADE


Se for maior do que 0,7, considerado normal para esse parâmetro respiratório. Se menor do que 0,7 configura asma.
A asma se caracteriza por ser uma doença respiratória do tipo obstrutiva. Essa gera uma obstrução das vias aéreas gerando um aumento da resistência de expulsão do ar, isso faz com que o VFUN caia e a relação VFUN e CV cai também. Com isso, ocorre um deslocando da curva do gráfico para a direita. O tempo continua o mesmo, porém o VFUN caiu. Isso ocorre devido à velocidade de deslocamento de ar que diminui. O volume total de ar expulso continua o mesmo, então não houve alteração na CV, porém a velocidade de deslocamento de ar caiu.

SISTEMA RESPIRATÓRIO


TRAQUÉIA E BRÔNQUIOS: Possuem pequenos diâmetros. Sobre a musculatura lisa brônquica existe uma mucosa que possui um sistema ciliar. Nesse sistema, há células que apresentam digitações e cílios. O muco se deposita sobre os cílios.
O batimento ciliar na parte superior é para baixo e da glote para a parte inferior, o batimento é para cima. Isso é importante para quando se inalar alguma fase particulada. Essas aderem no muco. O batimento ciliar permite que o muco seja deslocado, dependendo da localização anatômica.
Esse sistema tem uma certa reatividade especialmente na região brônquica. Quando ocorre a inalação de alguma partícula se desencadeia a produção de Histamina. Essa age sobre a musculatura lisa do brônquio produzindo contração, ou seja, gerando uma bronquioconstrição induzida por esse agente alergênico. Esse mecanismo é natural em todos os indivíduos para controlar o fluxo respiratório através do bronquioespasmo.


PRINCIPAIS AGENTES ALERGÊNICOS:
·         Poeira
·         Agentes químicos (perfumes, tintas,...)
·         Pólen
·         Pelo de animais
·         Fumaça
·         Mofo
·         Sendo os mais comuns: Ar frio e o ar seco.


ASMÁTICO
Caracterizado por uma hiper-reatividade a diferentes tipos alergênicos. Faz um broncoespasmo  o VFUN dele cai lentamente e isso faz com que esse produza um som na expiração sub pressão.

FUMO
O efeito da inalação para o não fumante é 30% superior ao do fumante, pois o cigarro possui filtro.


EFEITO FISIOLÓGICO DO FUMO

A temperatura no momento da inalação é de 70º C. Vai sofrendo um processo de resfriamento, conhecido como dilatação, quando chega no sistema respiratório.


  •          1 único cigarro: Produz a paralisia do batimento ciliar em cerca de 1 a 2 horas. Efeito da Nicotina. Ocorre o acúmulo de muco, aumentando a espessura da camada. O batimento ciliar volta, removendo o muco.

  •          Mais de 1 cigarro por dia como por exemplo meia carteira: São 15 horas por dia com o sistema ciliar paralisado. O sistema deixa de ser inibido quando o indivíduo vai dormir. Os cílios tentam remover, mas não conseguem retirar o muco. Aumenta a resistência aérea e começa a trabalhar para retirar o muco produzindo secreções. Em uma sequencia de dias ocorre a destruição dos cílios. Camada de muco não para de ser produzida, surgindo o “pigarro do fumante” que ocorre o dia inteiro.

O tabagismo tem ligação com diversas doenças como por exemplo o enfisema. O pulmão é como se fosse uma esponja formada por alvéolos. Quando um fumante joga a fumaça para dentro, ocorre o deslocamento de substâncias como a Nicotina e o Alcatrão (altamente cancerígeno). Esses se depositam nos septos alveolares provocando a destruição. Com isso ao invés de 2 alvéolos, o indivíduo forma 1. Assim ocorre sucessivamente gerando assim mega alvéolos.
 Com os mega alvéolos há: Diminuição da superfície de troca com o sistema sanguíneo, diminuição da capacidade de armazenamento de ar e diminuição da capacidade vital. Isso está relacionado com doenças crônicas obstrutivas (DPOC).

DROGAS
Apresentam baixa concentração de Alcatrão. Normalmente não são tão utilizadas como o cigarro. O problema delas é o THC que tem efeito sobre os neurônios e células germinativas. O indivíduo começa a ter lapso de memória, efeito depressivo. Nos caos mais severos ocorre alteração dos espermatozoides.



EXERCÍCIO X ASMA

O exercício provoca a asma e trata ela. Nele ocorre um aumento da ventilação, maior probabilidade do ataque de agentes alergênicos ao sistema respiratório. Provocando quadros de maior ou menos severidade como: Brônquio espasmo induzido pelo exercício ou asma induzida pelo exercício.
Se observarmos VFUN em relação ao tempo, esse diminui por causa do fluxo aéreo. Porém alguns indivíduos apresentam queda de VFUN exacerbada.
EX: Asmático. Durante o exercício eles param, pois não conseguem ventilar adequadamente, gerando um broncoespasmo exacerbado.




O QUE FAZER QUANDO OCORRE UM ACRISE ASMÁTICA DURANTE O EXERCÍCIO?

1-    Pedir para o indivíduo fazer o uso da bombinha (bronquiodilatador) antes da realização do exercício.
2-    Na hora da crise asmática, tranqulizar o indivíduo, fazendo ele sentar em âncora ( cotovelo sobre o joelho) ajudando esse a liberar o movimento costal. Ocorre a recuperação em 10 minutos, podendo retornar para o exercício.

O indivíduo não irá ter uma crise novamente, pois a própria reação alérgica desencadeia uma resistência aguda a esse agente. Período refratário cerca de 1 ou 2 horas após o estímulo.


A SUCESSÃO DE ESTÍMULOS NO EXERCÍCIO GERA BENEFÍCIOS?
A cada estímulo se submete o indivíduo a um fluxo aéreo maior com o agente alergênico. Ao longo do tempo, aumenta a resistência a esse agente, dessensibilizando a mucosa.  Diminuindo a intensidade e a frequência de crises asmáticas.

NATAÇÃO PARA ASMÁTICOS:
Ambienta favorece, pois o ar é quente e úmido e é difícil ter algum tipo de agente alergênico.

CORREDOR DA MORTE: Lugar onde se encana o vento. Crianças fazem crises asmáticas pela diferença de temperatura.  Para que isso não ocorra deve-se orientar os indivíduos a se agasalhar e o local deve buscar uma arquitetura que evite esses corredores para possuir um ambiente mais estável.

FORMA DE NADAR: Posição horizontal facilita movimento costal.

O controle respiratório deve ser organizado de forma cíclica, auxiliando o asmático. A expiração é feita contra resistência ( embaixo da água) gerando um fortalecimento da musculatura expiratória e um fluxo aéreo que vai contra  a mucosa atritando e provocando bronquiodilatação.

REGULAÇÃO DA VENTILAÇÃO

Pode ser feita através da parte humoral ou neural


HUMORAL

Pessoa inala ar: 78% Nitrogênio, 20,96% Oxigênio, 0,03 Dióxido de Carbono e 1,01% do resto. Pressão atmosférica 760 mmHg.
O ar inalado que chega aos alvéolos possui uma pressão de 160ATM. Pressão alveolar de oxigênio aproximadamente igual a 105 mmHg. Esse alvéolo está em contato com um vaso. Ocorre um gradiente de pressão a favor do alvéolo que garante a troca de oxigênio para o capilar. Esse gás se dissolve levando a uma pressão arterail de oxigênio de 105 mmHg. Eles vão trocando até se equilibrarem. Isso depende da pressão alveolar de oxigênio.





CO2: Concentração muito baixa na atmosfera, mas quando chega aos alvéolos possui uma pressão de 40 mmHg. A pressão venosa de Co2 é aproximadamente igual a 45 mmHg.Então ocorre que o gradiente de pressão vai passar Co2 do capilar para o alvéolo chegando a uma pressão arterial de 40 mmHg.
Existem muitos gases dissolvidos no plasma sanguíneo,cerca de 3%,  mas a hemoglobina também os transporta. Nela é possível se ligar 4 moléculas de oxigênio, demonstrando que 97% do oxigênio é transportado pela hemoglobina, sendo essa um grande reservatório de oxigênio. Os tecidos usam oxigênio dissolvido. A hemoglobina o transporta para no momento certo liberar para o plasma.
O coração manda sangue arterial para o tecido. A pressão tecidual do oxigênio chega na faixa de 40 mmHg. O oxigênio passa para o tecido, quando o sangue sair do tecido ele apresenta uma pressão venosa de oxigênio igual a 40 mmHg. Isso retorna para o pulmão continuando o ciclo.
A relação de pressão de oxigênio com a saturação de hemoglobina pode ser relacionada. A saturação pode variar de 100% a 0, porém ela nunca chega a 0%. A saturação pode chegar a 80, 70 %.


CURVA DE DISSOCIAÇÃO DA HEMOGLOBINA






Quando a PO2 estiver próxima de 100, a saturação também estará. Bohr nota que quando pega ima amostra de sangue em uma Po2 abaixo de 100, a saturação não muda. Porém quando ele baixa mais do que 90, ocorre um comportamento sigmoide, apresentando um efeito na regulação da hemoglobina.
Pode-se variar a PO2 de forma significativa sem variar a saturação de hemoglobina. Porém se baixar mais como no valor de 80, a saturação começa a cair. Se baixar mais, ela decresce em uma fase claramente descendente.
A hemoglobina está boiando no sangue saturada, a Po2 em volta dela começa a cair, pois os tecidos estão recrutando oxigênio. A pressão vai cair a medida que os tecidos estão drenando O2, fazendo com que a hemoglobina não consiga sustentar, liberando O2. Isso faz com que a PO2 caia.
A hemoglobina sofre estímulos através:
·      PO2
·          PCO2
·         Concentração de H+
·         Temperatura

EM EXERCÍCIOS: Ocorre o deslocamento da curva para a direita porque:
·          Não há queda de PO2
·         PCO2 não aumenta
·          Aumento de H+
·         Aumento da temperatura
·         Aumento DPG

Há liberação de oxigênio para os tecidos em maior quantidade, com mais facilidade. Sendo uma vantagem.

DESLOCAMENTO DA CURVA PARA A ESQUERDA
Quando ocorrem os mesmos estímulos ao contrário. Aumenta afinidade da hemoglobina com o oxigênio.
EXEMPLO: HIPOTERMIA
Diminuição da temperatura sanguínea. Diminui a oferta de oxigênio para os tecidos, pois aumenta a afinidade da hemoglobina com o oxigênio. Falta O2 no cérebro, pessoa desmaia.


SITUAÇÃO TÍPICA
Na altitude Pressão atmosférica diminui, diminuindo pressão de oxigênio.
Pressão alveolar também diminui. A saturação de hemoglobina chega a 90% ao invés de 100%. Ela satura menos por causa da altitude. Até 1500 m de altitude nada ocorre, acima disso a cada 100 metros ocorre uma queda de 10 % do VOmáximo.


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