VOLUME
EXPIRATÓRIO FORÇADO POR SEGUNDO ( VFUN)
Em
um espirômetro se faz uma inspiração máxima e sopra o ar com maior potência,
velocidade e força possível. Ocorre um deslocamento de volume ar em relação ao
tempo.
Inicia
de zero, pois não há deslocamento de nenhum ar. Quando se coloca o bucal há um
deslocamento de ar muito rápido, ou seja, um grande volume em uma fração de
tempo muito curta e isso depois gera uma curva como observado no gráfico acima.
Quando
se chega ao volume máximo (pico do gráfico), se deslocou todo o volume de ar
que tinha disponível no sistema respiratório, menos o volume residual, em um
determinado tempo, normalmente entre 2 e 3 segundos. O volume máximo representa
a capacidade vital e varia de indivíduo para individuo de acordo com o seu
tamanho.
INDIVÍVUO GRANDES: 9 LITROS
INDIVÍDUO PEQUENOS: 3 LITROS
No gráfico foi representado
o volume que foi expirado de forma forçada em 1 segundo.
- VFUN sempre será menor que a capacidade vital. Não existe possibilidade desse ser igual a capacidade vital. Eles se interligam através da relação:
VEF1/
cv X 100 deve ser maior ou igual 0,7= 70% - CONDIÇÃO DE NORMALIDADE
Se
for maior do que 0,7, considerado normal para esse parâmetro respiratório. Se menor
do que 0,7 configura asma.
A
asma se caracteriza por ser uma doença respiratória do tipo obstrutiva. Essa
gera uma obstrução das vias aéreas gerando um aumento da resistência de
expulsão do ar, isso faz com que o VFUN caia e a relação VFUN e CV cai também.
Com isso, ocorre um deslocando da curva do gráfico para a direita. O tempo
continua o mesmo, porém o VFUN caiu. Isso ocorre devido à velocidade de
deslocamento de ar que diminui. O volume total de ar expulso continua o mesmo,
então não houve alteração na CV, porém a velocidade de deslocamento de ar caiu.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
TRAQUÉIA E BRÔNQUIOS:
Possuem pequenos diâmetros. Sobre a musculatura lisa brônquica existe uma
mucosa que possui um sistema ciliar. Nesse sistema, há células que apresentam
digitações e cílios. O muco se deposita sobre os cílios.
O
batimento ciliar na parte superior é para baixo e da glote para a parte
inferior, o batimento é para cima. Isso é importante para quando se inalar
alguma fase particulada. Essas aderem no muco. O batimento ciliar permite que o
muco seja deslocado, dependendo da localização anatômica.
Esse
sistema tem uma certa reatividade especialmente na região brônquica. Quando
ocorre a inalação de alguma partícula se desencadeia a produção de Histamina.
Essa age sobre a musculatura lisa do brônquio produzindo contração, ou seja,
gerando uma bronquioconstrição induzida por esse agente alergênico. Esse
mecanismo é natural em todos os indivíduos para controlar o fluxo respiratório
através do bronquioespasmo.
PRINCIPAIS AGENTES ALERGÊNICOS:
·
Poeira
·
Agentes químicos (perfumes, tintas,...)
·
Pólen
·
Pelo de animais
·
Fumaça
·
Mofo
·
Sendo os mais comuns: Ar frio e o ar seco.
ASMÁTICO
Caracterizado
por uma hiper-reatividade a diferentes tipos alergênicos. Faz um broncoespasmo o VFUN dele cai lentamente e isso faz com que esse produza um
som na expiração sub pressão.
FUMO
O
efeito da inalação para o não fumante é 30% superior ao do fumante, pois o
cigarro possui filtro.
EFEITO
FISIOLÓGICO DO FUMO
A
temperatura no momento da inalação é de 70º C. Vai sofrendo um processo de
resfriamento, conhecido como dilatação, quando chega no sistema respiratório.
- 1 único cigarro: Produz a paralisia do batimento ciliar em cerca de 1 a 2 horas. Efeito da Nicotina. Ocorre o acúmulo de muco, aumentando a espessura da camada. O batimento ciliar volta, removendo o muco.
- Mais de 1 cigarro por dia como por exemplo meia carteira: São 15 horas por dia com o sistema ciliar paralisado. O sistema deixa de ser inibido quando o indivíduo vai dormir. Os cílios tentam remover, mas não conseguem retirar o muco. Aumenta a resistência aérea e começa a trabalhar para retirar o muco produzindo secreções. Em uma sequencia de dias ocorre a destruição dos cílios. Camada de muco não para de ser produzida, surgindo o “pigarro do fumante” que ocorre o dia inteiro.
O
tabagismo tem ligação com diversas doenças como por exemplo o enfisema. O
pulmão é como se fosse uma esponja formada por alvéolos. Quando um fumante joga
a fumaça para dentro, ocorre o deslocamento de substâncias como a Nicotina e o
Alcatrão (altamente cancerígeno). Esses se depositam nos septos alveolares
provocando a destruição. Com isso ao invés de 2 alvéolos, o indivíduo forma 1.
Assim ocorre sucessivamente gerando assim mega alvéolos.
Com os mega alvéolos há: Diminuição da
superfície de troca com o sistema sanguíneo, diminuição da capacidade de
armazenamento de ar e diminuição da capacidade vital. Isso está relacionado com
doenças crônicas obstrutivas (DPOC).
DROGAS
Apresentam
baixa concentração de Alcatrão. Normalmente não são tão utilizadas como o
cigarro. O problema delas é o THC que tem efeito sobre os neurônios e células
germinativas. O indivíduo começa a ter lapso de memória, efeito depressivo. Nos
caos mais severos ocorre alteração dos espermatozoides.
EXERCÍCIO
X ASMA
O
exercício provoca a asma e trata ela. Nele ocorre um aumento da ventilação,
maior probabilidade do ataque de agentes alergênicos ao sistema respiratório.
Provocando quadros de maior ou menos severidade como: Brônquio espasmo induzido
pelo exercício ou asma induzida pelo exercício.
Se
observarmos VFUN em relação ao tempo, esse diminui por causa do fluxo aéreo.
Porém alguns indivíduos apresentam queda de VFUN exacerbada.
EX: Asmático. Durante o
exercício eles param, pois não conseguem ventilar adequadamente, gerando um broncoespasmo exacerbado.
O
QUE FAZER QUANDO OCORRE UM ACRISE ASMÁTICA DURANTE O EXERCÍCIO?
1-
Pedir para o indivíduo fazer o uso da
bombinha (bronquiodilatador) antes da realização do exercício.
2-
Na hora da crise asmática, tranqulizar o
indivíduo, fazendo ele sentar em âncora ( cotovelo sobre o joelho) ajudando
esse a liberar o movimento costal. Ocorre a recuperação em 10 minutos, podendo
retornar para o exercício.
O
indivíduo não irá ter uma crise novamente, pois a própria reação alérgica
desencadeia uma resistência aguda a esse agente. Período refratário cerca de 1
ou 2 horas após o estímulo.
A
SUCESSÃO DE ESTÍMULOS NO EXERCÍCIO GERA BENEFÍCIOS?
A
cada estímulo se submete o indivíduo a um fluxo aéreo maior com o agente
alergênico. Ao longo do tempo, aumenta a resistência a esse agente, dessensibilizando a mucosa. Diminuindo a
intensidade e a frequência de crises asmáticas.
NATAÇÃO
PARA ASMÁTICOS:
Ambienta
favorece, pois o ar é quente e úmido e é difícil ter algum tipo de agente
alergênico.
CORREDOR
DA MORTE: Lugar onde se encana o vento. Crianças fazem crises
asmáticas pela diferença de temperatura.
Para que isso não ocorra deve-se orientar os indivíduos a se agasalhar e
o local deve buscar uma arquitetura que evite esses corredores para possuir um
ambiente mais estável.
FORMA
DE NADAR: Posição horizontal facilita movimento costal.
O
controle respiratório deve ser organizado de forma cíclica, auxiliando o
asmático. A expiração é feita contra resistência ( embaixo da água) gerando um
fortalecimento da musculatura expiratória e um fluxo aéreo que vai contra a mucosa atritando e provocando
bronquiodilatação.
REGULAÇÃO
DA VENTILAÇÃO
Pode ser feita através da
parte humoral ou neural
HUMORAL
Pessoa
inala ar: 78% Nitrogênio, 20,96% Oxigênio, 0,03 Dióxido de Carbono e 1,01% do
resto. Pressão atmosférica 760 mmHg.
O ar
inalado que chega aos alvéolos possui uma pressão de 160ATM. Pressão alveolar
de oxigênio aproximadamente igual a 105 mmHg. Esse alvéolo está em contato com
um vaso. Ocorre um gradiente de pressão a favor do alvéolo que garante a troca
de oxigênio para o capilar. Esse gás se dissolve levando a uma pressão arterail
de oxigênio de 105 mmHg. Eles vão trocando até se equilibrarem. Isso depende da
pressão alveolar de oxigênio.
CO2:
Concentração muito baixa na atmosfera, mas quando chega aos alvéolos
possui uma pressão de 40 mmHg. A pressão venosa de Co2 é
aproximadamente igual a 45 mmHg.Então ocorre que o gradiente de pressão vai
passar Co2 do capilar para o alvéolo chegando a uma pressão arterial
de 40 mmHg.
Existem
muitos gases dissolvidos no plasma sanguíneo,cerca de 3%, mas a hemoglobina também os transporta. Nela
é possível se ligar 4 moléculas de oxigênio, demonstrando que 97% do oxigênio é
transportado pela hemoglobina, sendo essa um grande reservatório de oxigênio.
Os tecidos usam oxigênio dissolvido. A hemoglobina o transporta para no momento
certo liberar para o plasma.
O
coração manda sangue arterial para o tecido. A pressão tecidual do oxigênio
chega na faixa de 40 mmHg. O oxigênio passa para o tecido, quando o sangue sair
do tecido ele apresenta uma pressão venosa de oxigênio igual a 40 mmHg. Isso
retorna para o pulmão continuando o ciclo.
A
relação de pressão de oxigênio com a saturação de hemoglobina pode ser relacionada.
A saturação pode variar de 100% a 0, porém ela nunca chega a 0%. A saturação
pode chegar a 80, 70 %.
CURVA
DE DISSOCIAÇÃO DA HEMOGLOBINA
Quando
a PO2 estiver próxima de 100, a saturação também estará. Bohr nota
que quando pega ima amostra de sangue em uma Po2 abaixo de 100, a
saturação não muda. Porém quando ele baixa mais do que 90, ocorre um
comportamento sigmoide, apresentando um efeito na regulação da hemoglobina.
Pode-se
variar a PO2 de forma significativa sem variar a saturação de
hemoglobina. Porém se baixar mais como no valor de 80, a saturação começa a
cair. Se baixar mais, ela decresce em uma fase claramente descendente.
A
hemoglobina está boiando no sangue saturada, a Po2 em volta dela
começa a cair, pois os tecidos estão recrutando oxigênio. A pressão vai cair a
medida que os tecidos estão drenando O2, fazendo com que a
hemoglobina não consiga sustentar, liberando O2. Isso faz com que a
PO2 caia.
A hemoglobina sofre estímulos
através:
· PO2
·
PCO2
·
Concentração de H+
·
Temperatura
EM
EXERCÍCIOS: Ocorre o deslocamento da curva para a
direita porque:
·
Não há queda de PO2
·
PCO2 não aumenta
·
Aumento de H+
·
Aumento da temperatura
·
Aumento DPG
Há
liberação de oxigênio para os tecidos em maior quantidade, com mais facilidade.
Sendo uma vantagem.
DESLOCAMENTO DA CURVA PARA A ESQUERDA
Quando
ocorrem os mesmos estímulos ao contrário. Aumenta afinidade da hemoglobina com
o oxigênio.
EXEMPLO:
HIPOTERMIA
Diminuição
da temperatura sanguínea. Diminui a oferta de oxigênio para os tecidos, pois
aumenta a afinidade da hemoglobina com o oxigênio. Falta O2 no
cérebro, pessoa desmaia.
SITUAÇÃO
TÍPICA
Na
altitude Pressão atmosférica diminui, diminuindo pressão de oxigênio.
Pressão
alveolar também diminui. A saturação de hemoglobina chega a 90% ao invés de
100%. Ela satura menos por causa da altitude. Até 1500 m de altitude nada
ocorre, acima disso a cada 100 metros ocorre uma queda de 10 % do VO2 máximo.
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